30.3.11

Um milagre na geração internet

Uma história emocionante de como Deus chamou esses dois jovens usando a tecnologia.

29.3.11

Lições para toda a vida

Guardadas no coração

Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti. Sal. 119:11.

Imagine-se num dia de muito calor e poeira, sem condições de tomar um banho refrescante. Imagine o seu corpo suado. Pode você sentar-se à mesa e comer com alegria? Pode deitar-se para dormir confortavelmente? Pode aproximar-se da namorada e dar-lhe um beijo? Talvez consiga, mas você tem a sensação de que algo está errado, algo está faltando ou sobrando. Você sabe que enquanto não tomar um bom banho nada estará bem. Aquela sensação de sujeira o perturbará o tempo todo. Não pode afirmar que se sente feliz.

O texto de hoje apresenta o segredo divino para conservar-se longe da contaminação moral. Enquanto houver contaminação moral sufocando o espírito, não há felicidade. O roteiro da vida está errado. Caminha-se rumo à destruição. O fim da estrada é um abismo de escuridão e morte. A pessoa pode não ter consciência disso, mas instintivamente o percebe. Qual é a solução? A resposta do salmista é: “Guardo no coração as Tuas palavras.”

O problema do ser humano é que ele tenta ser feliz sem prestar atenção aos conselhos divinos. Com o seu caminho poluído, luta, se esforça e tenta alcançar aquilo que acha que é necessário para ser feliz: dinheiro, fama e poder. Com um pouco de esforço, pode até conseguir tudo isso. Mas quando chegam as horas caladas da noite, lá no fundo do coração, naquele diálogo consigo mesmo, olhando-se no espelho da própria intimidade, de onde ninguém pode fugir nem se esconder, tem que chegar à conclusão de que algo está errado, algo não funciona. O coração sente-se desesperadamente atormentado e vazio.

De acordo com o salmo de hoje, essa sensação nunca desaparecerá a não ser que você procure solução na fonte da sabedoria, que é a Palavra de Deus. É na luz dos ensinamentos divinos que seu racionalismo, agnosticismo, ou humanismo, dão lugar a um poder maior, que é capaz de colocar ordem em seu mundo interior.

Faça de hoje um dia de submissão aos conselhos divinos. Submeter-se a Deus é crescer. Seguir os Seus princípios é voar em liberdade. Não comece seu dia sem dizer: “Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti.”

Mulher apaixonada

A loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma. Prov. 9:13.

O verso de hoje afirma que a loucura é “mulher apaixonada”. A palavra hebraica dá a entender que ela é sedutora, voluptuosa, glamourosa e atrativa. Tem a facilidade de conquistar e cativar muita gente. Mas, por trás de todo aquele aspecto maravilhoso, esconde-se um ser ignorante.

Ignorante não é aquele que não sabe. O “não saber” é o início da sabedoria. Como poderia o homem ter inventado ou descoberto tanta coisa, se no início não tivesse ignorado informações que o levaram a pesquisar? Ignorante é aquele que crê que sabe, quando na realidade não sabe “coisa alguma”, diz o texto.

Conta a anedota que um “ignorante” chegou em casa com fome, procurou algo entre as coisas que a esposa acabara de comprar, pegou uma barra de sabão e quando estava levando-o à boca, a esposa interrompeu.

– O que está fazendo? Isso é sabão!

– É queijo – respondeu o marido com firmeza.

– Mas, querido, fui eu que comprei aquilo. Eu comprei sabão.

– Eu já disse que é queijo – afirmou o esposo enquanto dava a primeira mordida. Num instante percebeu seu erro. Era sabão, mas continuou mastigando enquanto a espuma saía pela boca e a esposa olhava para ele espantada.

– O que está olhando? – reclamou ele. – Tem gosto de sabão, mas é queijo.

Você está rindo? Todos os dias, em todos os lugares, você pode achar pessoas ignorantes. Você e eu corremos diariamente o perigo de cair nas ciladas da sedutora insensatez. Quantos lares sofrem, quantos negócios não deram certo, quantas carreiras foram destruídas, quantos relacionamentos quebrados por causa da insensatez.

É preciso buscar sempre o caminho da sabedoria. Ela chama, bate à porta do coração, deseja entrar na vida das pessoas, nos lares e nas empresas, mas não arromba a porta. É preciso que alguém abra do lado de dentro.

Faça de hoje um dia de sabedoria. Seja humilde e receptivo aos conselhos divinos e não se esqueça de que a “loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma”.

Como o Monte Sião

Os que confiam no Senhor são como o Monte Sião,
que não se abala, firme para sempre. Sal 125:1.

Montes são símbolos de permanência. Se você vê hoje uma árvore e retornar ao mesmo lugar depois de 100 anos, é pouco provável que aquela árvore esteja ainda lá. Mas se você contemplar o monte Everest e retornar depois de mil anos, ele estará no mesmo lugar.

O salmo de hoje tenta levar você a confiar em alguém e não em algo. Coisas são necessárias, mas elas são passageiras. Dinheiro, emprego, saúde, juventude, casa, carro, até família – tudo pode passar, falhar e frustrar. Mas Deus nunca falha.

Este salmo era cantado pelos peregrinos judeus que, de qualquer lugar daquelas terras, estavam próximos de Jerusalém. Quando os cativos de Babilônia retornaram ao seu lar depois do exílio, contemplaram de longe as montanhas da Judéia. Um tempo depois, eles podiam observar as colinas que rodeavam Jerusalém. E, ao aproximar-se mais, encontravam o Monte Sião.

Onde estavam todos os que saíram um dia de Jerusalém, cativos, para Babilônia? Muitos tinham morrido. Outros estavam envelhecidos e outros haviam desaparecido no tempo e nas sombras do esquecimento. Mas o Monte Sião estava ali, indômito, inalterável e imutável.

Imagine o povo cantando: “Os que confiam no Senhor são como o Monte Sião.” Eles tinham sido cativos porque confiaram em suas próprias forças e se esqueceram de Deus. Agora, depois de terem sofrido as conseqüências de sua rebeldia, retornavam para casa, cantando emocionados a única verdade que os livraria de sofrimentos futuros.

Este salmo é para você hoje. Em quem confiar? Na sua empresa, no seu trabalho, no dinheiro que você tem aplicado, na sua juventude, na sua força – ou no Senhor?

Se você olhar a Deus em busca de segurança, nunca será frustrado. Ele conhece o futuro. Ele sabe do que você precisa, antes mesmo que você tenha consciência de sua necessidade. Mesmo que você perca tudo repentinamente, Ele o ajudará a saldar seus compromissos e salvar a sua família. O salmo não diz que o monte não será açoitado pelas inclemências do clima; diz que não será abalado. Portanto, não se desespere se os seus olhos estão em Jesus, porque: “Os que confiam no Senhor, são como o Monte Sião, que não se abala, firme para sempre.”

Mais sabedoria

Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda;
ensina ao justo, e ele crescerá em prudência. Prov. 9:9.

Existe diferença entre um homem instruído e um homem sábio. A escola dá instrução e oferece conhecimento. Só Jesus dá sabedoria, e a dá de graça.

No texto de hoje, Salomão define sabedoria como prudência. Ser sábio é ser prudente. Se você procurar no dicionário a melhor definição de prudência, verá que uma delas é o equilíbrio. Portanto, sabedoria significa equilíbrio. E equilíbrio você não aprende na universidade, não é fruto do estudo, nem é resultado de anos de investigação e pesquisa. Equilíbrio é um presente que Jesus dá àqueles que vivem uma vida de comunhão diária com Ele.

É impressionante observar que para ser feliz é preciso ser equilibrado em todas as áreas da vida humana. Começando pela vida pessoal, passando pelas relações familiares e terminando na carreira profissional. Qualquer tesouro em mãos de uma pessoa sem equilíbrio é como uma linda rosa nas mãos de um orangotango. O animal é incapaz de apreciar a beleza da flor e acabará destruindo-a.

Por que pessoas sumamente instruídas são, às vezes, incapazes de fazer felizes os que vivem mais próximo delas? Um título acadêmico, um cargo, uma função, não dão necessariamente equilíbrio. É certo que tudo isso deveria contribuir para que a pessoa adquirisse sabedoria. Mas na maioria das vezes não ocorre assim, porque sabedoria é algo interior, colocado por Deus no coração daqueles que O reconhecem como tal.

A pessoa equilibrada anda sempre na linha do meio. Isso não significa ficar em cima do muro, indeciso, indeterminado e temeroso. Não! Ao contrário, significa estar aberto para a vida, para a mudança, para a aprendizagem constante e para ouvir a opinião de todos, a fim de tomar a decisão certa. Significa humildade para aceitar os erros e coragem para corrigi-los. Por isso, hoje, antes de decidir sobre qualquer assunto, lembre-se do conselho divino: “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência.”

Juízos verdadeiros

O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre;
os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos. Sal. 19:9.

A moça que cortava o meu cabelo pareceu reconhecer-me. Timidamente perguntou: “Você tem um programa na televisão?” Quando confirmei, ela me contou que um domingo me ouviu falar sobre os justos juízos de Deus. No dia seguinte ela tinha uma audiência judicial pela guarda de sua filha. Tudo fazia crer que ela perderia. Estava sem emprego, vivendo em circunstâncias precárias e comprometedoras, enquanto o marido, com muito dinheiro, era amigo de pessoas de muita influência. Mas ela orou. Pediu ao Senhor que mudasse sua vida, acreditou na mensagem, aceitou para si que “os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos”, e o veredicto do juiz foi a seu favor.

O texto de hoje, antes de apresentar os justos juízos de Deus, fala do temor do Senhor. O temor nunca é saudável. O temor é doentio. Existem pessoas que dariam tudo para livrar-se do temor. Existem temores sem causas. Medos ocultos. Da escuridão, da água, do futuro, do passado, da morte, da vida; enfim, temores que perturbam.

Mas Davi fala de um temor diferente: “O temor do Senhor é límpido”, diz ele. Não é sujo, nem doentio, nem destrutivo. A expressão “temor de Deus”, na Bíblia, significa respeito, aceitação humilde de que somos criaturas e temos um Criador. Esse tipo de temor faz com que a criatura volte os olhos aos conselhos divinos.

Quando você vive esse tipo de experiência, não teme o que os homens sejam capazes de fazer com você. Pode ser levado aos tribunais da Terra ou ser vítima das maiores injustiças. Mas o Senhor é o seu verdadeiro Juiz e suas determinações são verdadeiras e justas.

O problema do ser humano é que, com freqüência, busca a Deus só quando precisa dEle. E nos tempos em que aparentemente as coisas andam bem se esquece de buscar o conselho divino.

Se você confia no Senhor Jesus, nunca está só. A fúria dos homens pode cercá-lo, mas não pode destruí-lo. Esconda-se nos braços do Senhor e acredite na Sua promessa porque: “O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre. Os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos.”

O que fazer?

Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça,
repreende o sábio, e ele te amará. Prov. 9:8.

O que fazer com o filho rebelde que desrespeita os pais e menospreza seus conselhos? Como iniciar uma conversa com alguém que não quer ouvir? Que tipo de ajuda se pode dar ao escarnecedor?

O conselho bíblico de hoje é incisivo: “Não o repreendas.” “Deixa-o seguir o seu caminho.” Mas a Bíblia não afirma que Deus está sempre chamando e esperando o retorno do filho rebelde?

A razão pela qual Salomão aconselha a não repreender o escarnecedor, é que o escarnecedor perdeu a noção do certo e do errado. O verbo repreender, yakaj em hebraico, envolve juízo de valores. Literalmente, Salomão está afirmando: “Não digas ao escarnecedor o que é certo ou errado”, porque ele não tem mais capacidade de distinguir o bem do mal. Como pode um homem que perdeu o paladar saber o que é doce ou salgado?

Chega um ponto em que ajudar o escarnecedor só causa aborrecimento. A pessoa não quer ouvir e reage com agressividade ou indiferença. Nesses casos, o melhor caminho é a oração. A oração nunca falha. Enquanto você ora, Deus continua trabalhando no coração do pecador impenitente.

Um dia, Jesus disse: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.” Mat. 7:6. Jesus estava confirmando o conselho de Salomão. Insistir em ajudar alguém que não quer ser ajudado é correr o risco de acabar dilacerado. Todos saem perdendo.

O que você pode fazer pelo ser amado que não quer ouvir conselhos? Apenas ame-o. Mostre-lhe que você está ao seu lado. Ele pode não concordar com sua maneira de pensar e de agir, mas você está presente, pronto a estender-lhe a mão na hora em que ele precisar.

Amar em silêncio é a melhor maneira de conquistar um coração rebelde. Ninguém resiste ao argumento do amor. Palavras fazem muito barulho e dizem pouca coisa. O amor é como espada afiada que penetra a alma.

Faça de hoje um dia de amor e de compreensão. Use-o para a oração intercessória. Coloque diante de Deus o nome de alguma pessoa que você ama e que não se deixa ajudar, mas não se esqueça do conselho: “Não repreendas o escarnecedor para que não te aborreça, repreende o sábio e ele te amará.”

O Caminho

Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho,
que andam na lei do Senhor. Sal. 119:1.

Extraviar-se é uma experiência traumática. Mais ainda se você não sabe que está extraviado e só descobre quando já é tarde e está longe do seu destino. Conhecer o caminho é indispensável. Esse é o motivo por que se atualizam os mapas e se vende uma enorme quantidade de bússolas.

Hoje o salmista menciona o “caminho”. Ele diz que as pessoas bem-aventuradas – felizes, em hebraico – são aquelas que encontraram o caminho e permanecem “irrepreensíveis” nele.

Existe um caminho que conduz à felicidade. Se você o encontrou, chegará ao porto desejado. Quem não quer ser feliz? Por que nem todos alcançam a tão almejada felicidade? O texto de hoje afirma que não basta querer. É preciso encontrar o caminho.

Vivemos num mundo de muitos caminhos. De uma maneira ou outra, todos prometem levá-lo à felicidade. São caminhos mentirosos, falsos e ilusórios. Talvez o levem ao encontro do prazer, do poder, da fama e da riqueza. Mas isso não é necessariamente felicidade.

Um dia, os discípulos de Jesus Lhe pediram: “Senhor, mostra-nos o caminho.” A resposta do Mestre foi: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Jesus é o único caminho que conduz a uma vida plena. Essa é a verdade mais contundente do Universo. Quando você abre o coração a Jesus, abriu o coração à felicidade.

Abrir o coração a Jesus significa andar no seu caminho. Andando nele, você aprenderá a abrir o coração à vida e a lutar, vencer e viver sem temor das adversidades deste mundo.

Existem pessoas que chegam ao fim da vida e descobrem, com tristeza, que seguiram muitos caminhos, mas não o Caminho.

“Já não tenho mais tempo para retornar”, disse-me outro dia um homem de idade avançada. A boa notícia de hoje é que nunca é tarde para dar meia-volta. Jesus só precisa de um segundo para fazer tudo de novo.

Está você cansado de lutar? Nada parece dar certo até aqui? Lembre-se do conselho de hoje: “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do Senhor.”

Provações

O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor. Prov. 17:3.

Heleninha descansou”, a voz da minha esposa anunciando a notícia estava cheia de pesar. Eu conhecia bem a Heleninha. Uma das últimas vezes que me acompanhara em público foi no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre, onde cantou para mais de quarenta mil pessoas. Cantava com o coração e com a vida, mais do que com a voz, embora tivesse uma voz muito bonita.

Conversei pela primeira vez com ela quando acabara de perder o esposo num trágico acidente, no mar. A família reunida, feliz, passava um dia na praia quando o esposo caiu de uma rocha. Foi levado por uma onda e ninguém pôde fazer nada para salvá-lo.

Tinham três filhos lindos. Heleninha depositou toda sua confiança em Deus e encarou o desafio de ser pai e mãe para os seus meninos. Pouco tempo depois, foi surpreendida por outra notícia triste. Os médicos lhe diagnosticaram câncer.

“Só quero ver os meus filhos crescerem”, me disse um dia, atrás do palco, enquanto nos preparávamos para apresentar a mensagem de Deus a uma multidão reunida no Palácio de Cristal, em Curitiba.

Três vezes esteve à beira da morte nos longos anos em que lutou heroicamente contra a adversidade. Mãe extraordinária, mulher de Deus, aguerrida, destemida, nunca deixou que o desânimo tomasse conta de seu coração. Sempre tinha uma palavra de ânimo para as pessoas. Cantou em meio à dor física. A última vez que me acompanhou, a vi sentada, cansada, mas disposta a entrar no palco. As últimas palavras que disse naquele dia me emocionaram: “Foi na dor e nas provações que o Senhor me fez crescer.”

Hoje, chegou ao fim sua provação. Descansou em Jesus. Fechou os olhos na bendita esperança de ver Jesus voltando e de cantar um cântico novo.

Esta é a mensagem de hoje. “O crisol prova a prata, e o forno, o ouro”; mas as provações da vida chegam para aperfeiçoar o caráter. Ninguém que conheceu Heleninha de perto jamais ouviu uma palavra de queixa. Viveu agradecida a Deus em meio à dor. Lutou, esperou e dedicou a voz a cantar louvores a Jesus até o último momento de sua vida.

Inspire-se no testemunho dessa mulher, e lembre-se: “O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor.” Prov. 17:3.

A recompensa dos humildes

Porque o Senhor Se agrada do Seu povo
e de salvação adorna os humildes. Sal. 149:4.

Dois homens entram no templo para adorar. Aparentemente ambos vão adorar o mesmo Deus. Mas há uma grande diferença. O centro da adoração do primeiro está dentro dele. Para o outro, o objeto de sua adoração está fora. Um deles acha-se digno, merecedor. Traz como oferta seu bom comportamento, sua conduta impecável, suas obras de “amor”. O segundo sente-se indigno e vai ao templo para reconhecer que é um pobre pecador e não merece nada.

Jesus contou esta parábola. O primeiro homem era o fariseu; o segundo, o publicano. Deus exaltou o último e rejeitou o primeiro. E, com esta parábola, Ele registrou para sempre a idéia central do evangelho: a salvação não é algo que você conquista com seus esforços. É um dom que Deus dá imerecidamente, por amor.

A teologia da salvação corre cristalina ao longo de toda a Bíblia. Desde o Gênesis, quando um cordeiro foi sacrificado para salvar Adão e Eva, até o Apocalipse, que termina com um convite para beber da água da vida gratuitamente, os escritores bíblicos sempre enfatizaram que a salvação é imerecida. Temos acesso a ela unicamente mediante a graça do Senhor Jesus Cristo.

No verso de hoje, o salmista fala da salvação. Ele afirma que a salvação é uma espécie de coroa que adorna os humildes. A palavra humildade, em hebraico anaw, literalmente quer dizer os pobres e necessitados. Aqueles que não têm nada, e só podem receber alguma coisa por misericórdia. Isto não tem nada que ver com o orgulho. Existem ricos humildes e pobres orgulhosos.

A salvação é o princípio da felicidade. Ninguém pode ser feliz carregando a permanente sensação de estar perdido. Como ter paz nessa situação? Como dormir tranqüilo? Como amar? A vida autêntica começa quando o perdido é achado.

Vá a Deus hoje. Mas vá em atitude humilde. Reconheça que você não é digno. Seus erros e pecados o tornaram merecedor da morte. Mas Jesus, com Sua morte, entregou a vida. Você nem eu jamais poderemos agradecer por isso: “Porque o Senhor Se agrada do Seu povo e de salvação adorna os humildes.”

A burrice do pecado

Mas o que peca contra Mim violenta a própria alma.
Todos os que Me aborrecem amam a morte. Prov. 8:36.

A palavra pecado soa agressiva para o homem moderno. Ele prefere chamá-lo de fraqueza, debilidade ou desvio. Mas Deus chama o pecado de pecado. Não há alternativa. O verso de hoje ensina que, embora o pecado seja uma atitude contra Deus, a realidade é que a maior vítima é o próprio pecador, porque “violenta a sua alma”, afirma Salomão.

É impressionante a miopia espiritual do ser humano. Peca porque quer ser feliz e, no entanto, erra o alvo e acaba sendo infeliz. Busca o prazer e encontra a dor, procura a realização, mas “violenta a sua alma”. Corre atrás de miragens e acaba perdido no deserto desta vida. Não encontra paz. Sofre, tortura-se e envelhece sem achar o que busca. Segundo o texto de hoje, quem destrói a alma do pecador não é o diabo, nem o pecado, mas ele mesmo. Nada acontece sem o consentimento humano. O inimigo pode usar os argumentos mais fascinantes, prometer o que quiser, mas não pode obrigá-lo a pecar. Se o homem peca é porque aceita fazê-lo. Nalgum momento do processo da tentação decide entregar a sua vontade ao controle do inimigo.

A única segurança para o ser humano é entregar a vontade a Jesus, buscá-Lo todos os dias e depender constantemente dEle. Quem não fizer isso, “ama a morte”, diz Salomão. Este amar não é no verdadeiro sentido da palavra. Ninguém ama a morte de fato, mas esse é o efeito. Porque o resultado de viver sem Cristo e andar no caminho errado é a morte eterna.

Você precisa ser feliz. A única maneira de ser feliz é fazer felizes as pessoas que você ama, criando um clima de compreensão, perdão e aceitação que só as pessoas que têm paz podem fazer.

Vá hoje mais uma vez a Jesus. Peça dEle sabedoria para decidir, para sair e para entrar. Tenha certeza de que sua vida nada mais é do que o desenvolvimento da vontade divina. Submeta-se a Jesus e lembre-se do que Ele disse: “O que peca contra Mim violenta a própria alma. Todos os que Me aborrecem amam a morte.”

Na caverna da vida

Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome;
os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem. Sal. 142:7.

A paciente não deixou o médico falar e disse: “O meu problema não está no corpo, está na alma. Sou uma mulher vazia. Algo está errado dentro de mim. O que a ciência pode fazer?”

Existem enfermidades psicossomáticas que destroem a vida. As raízes do mal estão na alma, mas os efeitos são físicos. Nenhum exame médico é capaz de detectar a causa, e o corpo vai definhando aos poucos.

No verso de hoje, o salmista fala desse tipo de mal: “Tira a minha alma do cárcere”, suplica.

A introdução desse salmo diz: “Salmo didático de Davi. Oração que fez quando estava na caverna.” Existem duas ocasiões em que Davi esteve numa caverna: quando fugiu dos filisteus e se escondeu na caverna de Adulão, e quando teve a oportunidade de acabar com a vida de Saul, na caverna de En-Gedi. Os eruditos não definem em qual das cavernas foi escrito esse salmo; mas seja qual tenha sido, metaforicamente o salmista encontrava-se na caverna da vida – nesses momentos em que as sombras das dificuldades não permitem enxergar um palmo à frente.

Davi deixa claro que, se Deus o libertar do cárcere da depressão em que se encontra, ele enaltecerá o nome do Senhor e os justos o rodearão como se fossem uma coroa de vitória na sua cabeça. Essa é a vida que Deus quer que você viva.

A mulher que entrou no consultório médico foi aconselhada a permitir que Deus a libertasse de sentimentos negativos que estavam envenenando o seu coração. Ódio, rancor, desejo de vingança. Aquela mulher tinha motivos de sobra para abrigar esses sentimentos, mas eles tinham se tornado um cárcere para sua alma. Quando ela trocou esses sentimentos pelo desejo de perdoar, compreender e amar, tudo mudou na sua atribulada vida.

Alguma vez você sentiu-se prisioneiro de sentimentos negativos? Enquanto aceitar essa situação, não terá condições de ver as coisas belas da vida, nem desfrutará os momentos felizes que as pessoas amadas lhe proporcionam.

Na escuridão da caverna só existe solidão, egoísmo, tristeza e lamúrias. Por isso, clame como Davi: “Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem”.

Lidando com os inimigos

Sendo o caminho dos homens agradável ao Senhor,
este reconcilia com eles os seus inimigos. Prov. 16:7.

Todos os dias, aonde você for, em qualquer esquina da vida, aparece alguém tentando derrubá-lo. Às vezes sem motivo, por pura inveja ou simplesmente por má vontade. Quando o inimigo é visível, você se cuida, se defende, se protege. Mas o que acontece quando você não sabe onde ele está? Como reagir quando ele anda disfarçado de amigo ou se esconde no círculo mais próximo de você?

O provérbio de hoje explica a maneira como Deus pode tornar os inimigos em amigos. Deus não usa um “passe de mágica”, como muitas vezes gostaríamos que acontecesse. Ele não toca o coração do inimigo e o problema fica resolvido. Não. Nós, os seres humanos, gostamos de “milagres” instantâneos. Seguimos a lei do menor esforço. Esperamos que tudo caia dos céus.

Mas as coisas com Deus nem sempre são assim. Ele responde ao clamor dos Seus filhos. Está pronto a tornar seus inimigos em amigos. Mas usa um instrumento chamado “ser humano” – você.

O provérbio de hoje afirma que “sendo o caminho dos homens agradável ao Senhor, este reconcilia com eles os seus inimigos”. Você percebe que o instrumento que Deus usa aqui é o próprio caminho do homem? Um caminho “agradável ao Senhor” é um caminho sem ódio, nem rancor, nem mágoa contida. Tudo isso é veneno que destrói a alma. Um coração envenenado não está em condições de receber o inimigo como amigo. O rancor, gera rancor, o ódio provoca ódio e a mágoa alimenta ambos.

Quando você vai a Jesus e convive com Ele, o caráter do Mestre se reproduz em você, e aí você pode pagar o mal com o bem e pode orar a Deus, dizendo: “Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”

Quando você permite que o Senhor habite no seu coração, Ele usa o seu caminho, o seu testemunho de amor e sua humildade para tocar o coração do seu inimigo. Então os olhos dele se abrem para compreender que é seu inimigo sem motivo. Aí acontece o milagre. Já vi muitas vezes gente dura e intransigente pedir perdão e reconhecer que errou.

Por isso, peça hoje a Deus que lhe dê um coração capaz de perdoar e de amar os inimigos gratuitos, porque “sendo o caminho dos homens agradável ao Senhor, este reconcilia com eles os seus inimigos”.

Deus se agrada

Agrada-Se o Senhor dos que O temem e
dos que esperam na Sua misericórdia. Sal. 147:11.

A comissária de bordo que me recebeu no vôo 8881, de La Paz para São Paulo, perguntou-me com timidez : “O senhor é o Pastor Bullón?” O brilho dos seus olhos negros e o sorriso do seu rosto moreno expressavam uma emoção especial. Tinha lido meu livro O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, e no momento estava experimentando uma luta entre sua mente, que aceitava as verdades bíblicas, e seu coração, que tremia.

“Deus já fez tanta coisa por mim”, ela disse. “Mas vejo tantas dificuldades na minha frente que tenho medo de decidir.”

Cristiane estava passando pelo processo doloroso do crescimento. Crescer não é fácil, porque significa aprender a navegar rumo ao porto seguro através de um mar de constantes mudanças e paisagens diferentes. Crescer é adentrar cada dia num mundo desconhecido. E isso provoca medo, porque você vive uma realidade que foi construída de imagens e experiências, algumas criadas por você mesmo, e outras emprestadas do mundo que o rodeia.

Quando essa realidade é apenas humana e limitada aos valores da Terra, você não sente segurança. Vive, mas sempre há uma sensação inconsciente de vazio. Até que um dia você se depara com a Palavra de Deus, cujos valores são absolutos e concretos, porque vêm de um Deus eterno e absoluto. No entanto, esses valores nem sempre combinam com a fragilidade de sua realidade humana. O resultado é medo, dúvida e indecisão.

Mas Cristiane é sincera, honesta e sonhadora. Sonha com a realidade de uma vida plena. Sabe que a plenitude não pode ser o fruto de seu esforço humano e, por isso, busca a Deus. A emoção de encontrar-me no avião, inesperadamente, nascia do fato de querer que um dia, de alguma maneira, Deus lhe dissesse. “Filha, vá em frente. Não tenha medo. Só em Mim e na Minha Palavra sua realidade terá as cores do arco-íris, a beleza do amanhecer e a permanência da montanha.”

Cristiane, não sei se tornarei a vê-la nesta vida, mas a você e a todos os que como você buscam com sinceridade a Jesus, quero lembrá-los de que: “Agrada-Se o Senhor dos que O temem e dos que esperam na Sua misericórdia.”

O Segredo

Feliz o homem que Me dá ouvidos, velando dia a dia às Minhas portas, esperando às ombreiras da Minha entrada. Prov. 8:34.

O verso de hoje sugere muitos quadros alegóricos. Podemos imaginar um grupo de estudantes, na porta da escola, bem cedo, quando as portas estão ainda fechadas, aguardando ansiosos a chegada do mestre.

Podemos imaginar também o comerciante que abre sua loja no primeiro dia e fica na porta, ansioso, esperando a chegada de seu primeiro cliente. Ou podemos criar ainda o quadro de uma noiva, ansiosa, esperando a chegada do noivo. A verdade é que o escritor bíblico quer destacar a necessidade de procurar a sabedoria divina, com ansiedade. Esse é o segredo para saber viver. Ninguém tem possibilidades de vencer sem sabedoria.

“Feliz o homem que Me dá ouvidos”, afirma Deus. Pena que o ser humano está disposto a ouvir a todos, menos a Deus. Conheço pessoas que só voltaram os olhos na direção de Deus quando todos os caminhos humanos deram errado.

É impressionante a quantidade de livros de auto-ajuda que inundam as livrarias. São livros que falam de soluções humanas para as necessidades humanas. Mas Deus reafirma: “Feliz o homem que Me dá ouvidos.” Como se faz isto? “Velando dia a dia às portas.” Procurando a Deus. Buscando-O permanentemente.

Não existe melhor maneira de começar o dia do que separando tempo para passar com Deus, orando, estudando Sua palavra e meditando. É dessas horas a sós com Deus que o ser humano sai fortalecido para enfrentar os desafios da vida. É nessas horas que a dor diminui e as feridas param de sangrar. É nessas horas que a penumbra desaparece e a luz da sabedoria divina chega trazendo o conselho oportuno com relação a decisões transcendentais que precisam ser tomadas.

Fique hoje esperando o Senhor Jesus, como o aluno espera o mestre, ou o noivo que espera a noiva. Nas primeiras horas da manhã, fique aí esperando, ansioso, Jesus bater à porta do seu coração, pedindo permissão para entrar e tomar o controle de sua vida.

Hoje pode ser o grande dia da virada. Não se esqueça das palavras de Deus: “Feliz o homem que Me dá ouvidos, velando dia a dia às Minhas portas, esperando às ombreiras de Minha entrada.”

Dez - um = zero

Tu ordenaste os Teus mandamentos, para que os cumpramos à risca. Sal. 119:4.

Imagine isto: Eu lhe dou a receita de um bolo de chocolate. Escrevo tudo num papel: ingredientes, medidas e tempo de trinta minutos no forno, a trezentos graus. Você segue passo a passo as prescrições. Só muda um detalhe, ao invés de deixar o bolo no forno por trinta minutos, decide deixá-lo por cinco horas. Você teria um pedaço de carvão.

Imagine outro quadro. Você está com pneumonia e vai ao médico. Ele lhe dá a prescrição. Você segue tudo ao pé da letra, só que em vez de tomar o antibiótico de oito em oito horas, você decide tomar todo o frasco de uma só vez. Você estaria morto.

Há pessoas que acham que as recomendações divinas não funcionam. Mas se você observar, essas pessoas não seguem as prescrições divinas “à risca”, como é o conselho do salmista no verso de hoje.

Os eruditos não sabem definir quem foi o autor do Salmo 119, mas quem quer que tenha sido, escreveu-o por inspiração divina. Com clareza e contundência.

Os ensinamentos divinos não foram dados ao ser humano para que os discutisse ou os adaptasse, mas para serem cumpridos “à risca”. Qualquer outra atitude por parte do homem é temerária, perigosa e fatal.

Escrevo esta meditação no avião que me conduz de São Paulo a Buenos Aires. São exatamente 23:05. A aeromoça acaba de anunciar que o avião começa o procedimento de descida. Estamos já finalizando o vôo de três horas e me pergunto: O que seria dos passageiros se o piloto decidisse não seguir um “pequeno detalhe” como soltar o trem de aterrissagem?

Vale a pena rever nossos “procedimentos” todos os dias. Estou seguindo “à risca” as recomendações divinas? Observar tudo e deixar de lado apenas um assunto, por insignificante que pareça, pode ser fatal.

O que não está funcionando na sua vida? O casamento? Os negócios? O relacionamento com os filhos? Olhe para os conselhos divinos e peça forças a Deus para seguir esses conselhos “à risca” e verá como muita coisa vai mudar. Clame ao Senhor hoje e diga: “Tu ordenaste os Teus mandamentos para que os cumpramos à risca.”

Sedução e consetimento

Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Prov. 1:10.

Há dois verbos que são o centro da mensagem de hoje: seduzir e consentir. Eles expressam duas ações. O inimigo seduz. Esse é o seu trabalho e a razão da sua vida. A Bíblia chama o inimigo de Deus de “o sedutor de todo o mundo”. Apoc. 12:4. Seduzir significava literalmente “atrair e prender com sebo”. A idéia básica é atrair usando o engano.

A outra ação é consentir. Ninguém é seduzido sem consentir. O consentimento envolve a liberdade e o poder de decisão. O diabo seduz porque o ser humano é livre. Ninguém pode obrigá-lo a fazer nada se não quiser.

Para a sua maléfica obra de sedução, o inimigo usa instrumentos humanos. Por isso, o conselho do sábio é: “Se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas.”

O diabo não se apresenta como sedutor. Ele se esconde, se disfarça, e camufla seus objetivos. Ele sabe que se se apresentasse como é na rea-lidade, todos fugiriam. Por isso, vem em forma de “amigo”, que aparentemente quer “ajudar”.

O jovem fica preso às drogas porque um dia decidiu se destruir e saiu por aí procurando droga? Não. Alguém o convidou, insistiu e lhe falou das “sensações alucinantes” que a droga provoca.

A sedução não acontece de um momento para outro. É um processo. Primeiro, chama a sua atenção, depois apresenta suas “maravilhas”. A pessoa entra no perigoso jogo do “vai, não vai”. Mas o inimigo seduz por séculos. Essa é a sua especialidade. Não adianta entrar no seu jogo pensando em sair ileso.

Por isso, o conselho de hoje é: “Não consintas”. A melhor maneira de não consentir é cortar o mal pela raiz. Com o inimigo não há diálogo.

Antes de iniciar suas atividades hoje, pergunte-se: Estou eu entrando no perigoso jogo da sedução em alguma área de minha vida? A sedução age como a areia movediça. No início, você acha que não é problema, que pode sair dela na hora que quiser. Mas qualquer esforço que faça para se ver livre, acaba afundando-o mais.

Clame ao Senhor! Peça a Ele que abra os seus olhos para perceber o fim de um caminho que inevitavelmente o conduzirá à morte e lembre-se: “Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas.”

Seja grato

Oferecer-Te-ei voluntariamente sacrifícios;
louvarei o Teu nome, ó Senhor, porque é bom. Sal. 54:6.

Os salmos retratam experiências humanas, com seus dramas, tristezas, problemas e dificuldades. Por exemplo, a traição. Davi era constantemente perseguido e traído. Parece que de alguma maneira a traição é tomada por alguns como uma ferramenta de sobrevivência.

No salmo de hoje, Davi agradece a Deus por tê-lo livrado da traição dos zifeus, que foram aonde estava Saul para avisá-lo de que Davi estava escondido em seu território.

Deus sempre está pronto a ajudar os Seus filhos sinceros. O verso de hoje apresenta a atitude de um coração agradecido pelo livramento que o Senhor operou. “Oferecer-Te-ei voluntariamente”, afirma o salmista. Em outras palavras: Isto que farei não é obediência a algo que Tu pediste. Isto é voluntário. Nasce no meu coração. Eu o faço em agradecimento ao modo maravilhoso como me ajudaste mais de uma vez.”

O salmista apresenta duas coisas que ele fará em gratidão a Deus: oferecer e louvar. A razão: “O Senhor é bom, pois me livrou de todas as minhas tribulações.”

Você não pode separar gratidão de louvor e entrega. Agradecer sem louvar e sem oferecer, não é agradecer. É apenas uma palavra oca que não passa de uma expressão criada pelas regras do comportamento social.

Louvar é fazer com que o mundo saiba o que aconteceu. Oferecer é sair da beleza das palavras e entrar na dimensão dos fatos. É tornar a teoria em prática.

O que pouca gente sabe é que, quando agradeço, se apodera do meu interior um sentimento de paz e satisfação, a ponto de reconhecer que “tudo é bom”, mesmo enfrentando as dificuldades mais duras.

Que motivos você tem para agradecer hoje? Veja a luz do novo dia. Sinta-se vivo. Olhe para cima. Contemple a misericórdia divina e diga: “Oferecer-Te-ei voluntariamente sacrifícios; louvarei o Teu nome, ó Senhor, porque é bom.”

Seja sábio

Vai ter com a formiga, ó preguiçoso,
considera os seus caminhos e sê sábio. Prov. 6:6.

A formiga é usada por escritores sacros e seculares como exemplo de laboriosidade e previsão. Ela trabalha arduamente no verão para sobreviver nos tempos difíceis do inverno.

O sábio Salomão faz um convite para observar a vida desses pequenos insetos como um exemplo de persistência, coragem e diligência. Observar talvez seja uma das grandes virtudes da sabedoria. Passamos pela vida como loucos, correndo, agitados, sem tempo para observar o nascer do sol, o resplendor da lua ou até o simples gesto do cachorro que abana a cauda quando retornamos para casa. Essa falta de observação, faz de nós pessoas insensíveis e vazias. Meros robôs, que realizam um trabalho eficiente mas não desfrutam a vida.

Com a formiga, aprendemos que a vida é luta e que, para sair vitoriosos, é preciso laboriosidade, ordem e provisão.

As formigas não esperam “grandes projetos” para iniciar o dia trabalhando. Elas começam com o que têm à mão. Cumprem o dia-a-dia, não se detêm; simplesmente avançam. São muitas, e a soma de muitos pequenos trabalhos resulta num projeto fabuloso. Se você observar com lupa um ninho de formigas, verá a obra extraordinária de engenharia que elas desenvolvem e que seres humanos não conseguiriam realizar.

Tem mais. As formigas trabalham como um exército. Há ordem e disciplina. Não existem grandes realizações sem ordem. O preguiçoso não gosta de trabalhar, nem de observar a ordem. O resultado é fome, miséria e fracasso.

De todas as lições que a formiga ensina, a que mais me impressiona é a previsão. A formiga não consome tudo que encontra. Guarda, poupa, armazena. Para fazer isso, não passa fome nem desatende às necessidades da família. Isso seria avareza. Instintivamente, ela sabe que o inverno virá e não haverá condições de trabalhar; portanto, faz previsão. E quando as inclemências do frio chegam, enquanto outros animais passam fome, ela está protegida, alimentada e segura em seu ninho.

O que você pode aprender com a formiga? Quanto falta para o inverno da sua vida? “Vai ter com a formiga..., considera os seus caminhos e sê sábio.”

Ensina-me as Tuas veredas

Faze-me, Senhor, conhecer os Teus caminhos,
ensina-me as Tuas veredas. Sal. 25:4.

Este é um dia difícil para você? Precisa tomar uma decisão importante e não sabe como? Teme? Há muita coisa envolvida e você sente que a incerteza toma conta do seu coração? Algo precisa ser feito, mas você teme equivocar-se. Qual a solução?

Davi também viveu um momento semelhante ao que você está vivendo. Foi nesse contexto que ele disse: “Faze-me, Senhor, conhecer os Teus caminhos, ensina-me as Tuas veredas.” Com certeza, os caminhos de Deus são os melhores. Se pudéssemos enxergar através do véu da nossa humanidade e permitíssemos que Deus nos mostrasse os Seus caminhos, Ele Se revelaria e nos alegraríamos em fazer a Sua vontade. O resultado seria prosperidade e êxito.

O Salmo 25 retrata a vida como uma longa jornada, na qual é impossível ser vitorioso com as próprias forças. A palavra “caminho” é usada quatro vezes pelo salmista; e a palavra “vereda”, uma vez. O segredo da felicidade é descobrir esse caminho e andar nele. A vida não é fácil de ser vivida. Sem a orientação divina, você pode chegar ao fim da jornada e descobrir que desperdiçou sua existência. Portanto, a primeira lição que precisa ser aprendida é que a vida não é fácil. Uma vez que você aceita o fato de que a vida é difícil, você procura ajuda. E, como Davi, suplica a Deus que lhe mostre o caminho em que deve andar.

O problema é que, às vezes, quando o ser humano pede que Deus lhe mostre o caminho, deseja é que Ele aprove a sua decisão. As coisas se complicam porque Deus não é o pai permissivo que deixa que o filho de dois anos o leve para onde quer. Deus é Deus. Conhece o caminho melhor do que ninguém e o levará com segurança aonde você precisa chegar.

Com isto em mente, não tema tomar a decisão que precisa ser tomada hoje. Não fuja. Não adie. Na se omita. Peça a direção divina e parta com a consciência de que sua vida está escondida nas mãos de alguém que nunca falha.

Ore a Deus e repita: “Faze-me, Senhor, conhecer os Teus caminhos, ensina-me as Tuas veredas.”

Seja humilde

Abominável é ao Senhor todo arrogante de coração;
é evidente que não ficará impune. Prov. 16:5.

A expressão que o autor de Provérbios usa hoje para se referir ao arrogante de coração é muito dura: abominável. Essa palavra, em hebraico to ebah, significa nojento, detestável, perigoso, sinistro.

Uma pessoa orgulhosa é tudo isso. Além de desagradável, é perigosa e sinistra. Pense em Hitler, por exemplo. Sentia-se um deus. Mandou matar milhares de pessoas no seu louco desejo de estabelecer uma etnia superior. Pense em Friedrich Nietzsche, que desafiou o próprio Deus. Os que conviviam com ele não suportavam o seu temperamento.

Já se passaram muitos anos desde a morte de ambos. Qual foi o fim da história que escreveram? O primeiro cometeu suicídio. O segundo passou seu último dia agarrado à estátua de um cavalo, afirmando: “Sou Deus, sou Deus.” “É evidente que não ficará impune”, diz o provérbio de hoje, falando do fim triste que espera todo arrogante de coração.

A arrogância é o caminho direto à infelicidade. O arrogante perde a noção de quem ele é. Em seu delírio de parecer grande, não percebe a imagem ridícula e grotesca que projeta. Esquece que quem quiser ser um homem grande, tem que ser pequeno um dia, para poder crescer.

No conceito próprio, ele nasce grande, é grande, e muito maior que qualquer outro simples mortal. Ironicamente, as pessoas não o vêem assim, não o tratam como ele gostaria de ser tratado, por mais que ele exija, reclame e, se tem poder, até obrigue.

Essa percepção de “não aceitação” mina dolorosamente seu mundo interior. Na câmara secreta de sua alma, vagueia de um lado para outro, obcecado pela posição e cercado pelo vazio. O resultado quase sempre é loucura, prepotência, autoritarismo, radicalismo, que ele pretende chamar de liderança.

Existe remédio para o coração orgulhoso? Sim, existe remédio para todas as doenças da alma: Jesus. Um dia, o Mestre recebeu o orgulhoso Pedro, homem rude, áspero e cheio de complexos, sempre querendo chamar a atenção. “Todos estes Te negarão, mas eu nunca”, disse com soberba, prometendo ser fiel a Jesus. Falhou. Você conhece a história. Falhou feio, mas o amor de Jesus o transformou e o fez um homem humilde, capaz de oferecer a vida pelo Mestre.

Busque hoje a Jesus, deixe-se moldar por Ele porque “abominável é ao Senhor todo arrogante de coração; é evidente que não ficará impune”.

Preocupar-se ou comtemplar?

Lembro-me, Senhor, do Teu nome,
durante a noite, e observo a Tua lei. Sal 119:55.

Tudo dera errado naquele dia na vida de Francisco. A turbulência financeira que o país atravessava parecia ser a gota d’água que faltava para que sua empresa fosse ao fundo do poço. Naquela fábrica estavam investidos seus recursos financeiros, seus sonhos, suas esperanças, expectativas de vida e anos de dedicação e esforço.

Deitado na cama à noite, não conseguia dormir. Virava de um lado para outro, tentando descobrir uma saída. Mas só via sombras e escuridão à sua volta.

Francisco, como nossa sociedade, ignorava o salmo de hoje: “Lembro-me, Senhor, do Teu nome, durante a noite.” Parece que as pessoas preferem a preocupação do que a contemplação. Qual é a diferença? A preocupação concentra sua energia no problema. A contemplação leva a olhar para cima e ver a Deus. Preocupando-se, você faz como a pessoa que está se afogando no mar: dá braçadas improdutivas para todo lado, engole água e se desespera. Contemplando a grandiosidade divina, você compreende que nem tudo está perdido, embora do ponto de vista humano pareça que não existe saída.

“Lembro-me, Senhor, do Teu nome, durante a noite”, exclama Davi. O nome pelo qual Deus Se identifica a Si mesmo é: “Eu Sou”. O segredo da vida vitoriosa está em saber quem é Deus e quem é você. Há coisas que só Deus pode fazer, e há coisas que Deus não fará em seu lugar.

Davi, como todo ser humano, enfrentava problemas. Um jovem pastor de ovelhas, como ele, perseguido pelos exércitos do rei, parecia um problema sem solução. Mas quando a noite chegava, em vez de atormentar-se com suas preocupações, Davi contemplava a Deus. Então uma paz extraordinária inundava seu coração porque sabia que existiam princípios estabelecidos para reger o destino do Universo e da vida. Davi chama esses princípios de lei. “Observo a Tua lei”, ele afirma. Pode haver derrota quando você está disposto a seguir as instruções divinas? Por isso, diga hoje: “Lembro-me, Senhor, do Teu nome, durante a noite, e observo a Tua lei”, e parta sem medo para os desafios que a vida lhe apresentar.

O honesto sempre ganha

Balança enganosa é abominação para o Senhor,
mas o peso justo é o Seu prazer. Prov. 11:1.

O velocímetro do carro de Adilson parou de funcionar. Dois anos depois, ele consertou e vendeu o veículo como se tivesse apenas cinco mil quilômetros de uso. Depois, chegou em casa e contou o fato aos filhos, como se tivesse realizado a maior façanha. A pessoa que comprou o automóvel também contou a notícia da compra como se fosse a maior bênção.

Aqui temos um quadro real. Um enganador e um enganado. A justificativa de Adilson é que ele não tinha quebrado o velocímetro de propósito e não forçou ninguém a adquirir o veículo; portanto, não fizera nada errado.

Todos os dias, em todos os lugares, repete-se a cena descrita. Pessoas sabem que estão enganando e outros não sabem que estão sendo enganados. As primeiras acham que receberam de Deus o dom de serem espertas para os negócios e estão aproveitando o dom adquirido.

No entanto, o provérbio de hoje enfatiza que essa atitude é abominação para o Senhor. A “balança enganosa” que o sábio menciona é justamente a atitude de mentir com a finalidade de obter vantagem. Não dizer a verdade é uma forma mais “tranqüilizadora” de mentir, mas igualmente desonesta.

A felicidade se constrói com relacionamentos enriquecedores; inclusive com aqueles com quem só se relaciona uma vez para realizar negócios. Quando esses relacionamentos não são autênticos, deixam um sabor amargo de culpa que perturba. Esse é o motivo por que Deus deseja que os seres humanos sejam honestos uns com os outros. Não há felicidade sem honestidade.

O peso justo pode dar a impressão de ser perda. Na opinião de muita gente, você poderia lucrar mais se tirasse um grama de cada quilo. “Nada demais.” “Ninguém perceberá.” “Não precisa ser exageradamente justo.” Estes são argumentos que você ouve todos os dias. Mas dormir com a consciência tranqüila não tem preço. Tem gente que, por ser desonesta, tem que gastar para realizar algum tipo de terapia psicológica.

Por isso, peça a Deus que oriente seus passos. Porque: “Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o Seu prazer.”

Céus ou terra?

Os Céus são os Céus do Senhor, mas a Terra,
deu-a Ele aos filhos dos homens. Sal. 115:16.

Em 1923, um grupo de renomados e temidos homens de negócios dos Estados Unidos estava reunido no Edgewater Beach, um hotel em Chicago. Aquele grupo era quase um mito. Juntos, aqueles homens possuíam mais dinheiro que todo o tesouro americano. Jornais e revistas noticiavam suas histórias fabulosas. Todos olhavam para eles como símbolos de sucesso.

Vinte anos depois, a história era completamente diferente. Jesse Livermore, o mago da Wall Street, Leon Fraser, presidente do Banco Internacional Settlement e Ivan Kruegar, o homem principal do maior monopólio financeiro, cometeram suicídio. Charles Schwab, presidente da maior companhia independente de aço, morreu na maior miséria, e Richard Whitney, o presidente da bolsa de valores de Nova Iorque, estava na prisão.

O salmista afirma no verso de hoje que Deus deu a Terra aos filhos dos homens. A tragédia da criatura é pensar que, porque Deus confiou-lhe a Terra, ela é sua. Apaga Deus de sua vida. Torna-se seu próprio deus. Trabalha, luta, conquista e, aparentemente, vence, ou pelo menos chama de vitória o acúmulo de dinheiro, fama, poder e cultura, mas ignora que tudo acontece porque Deus permite. Afinal, foi Ele quem deu a Terra aos filhos dos homens.

Mas “os céus são os céus do Senhor”. É dali que Ele controla o destino das nações e das pessoas. Felizes são os que têm consciência dessa verdade e entendem que por cima da Terra estão os céus. Você pode dizer: “Hoje farei isto, e amanhã aquilo.” Mas, se Deus não permitir, nada acontecerá.

A fortuna passa, como passou o poder, a fama e o dinheiro daqueles homens. A terra se desgasta, envelhece e morre, mas os céus são eternos. Ai daquele que constrói seus sonhos e realizações fundamentados apenas em valores terrenos.

Separe hoje um tempo para olhar na direção dos céus. Observe a imensidão do infinito e verá que suas conquistas e logros são insignificantes. Por que vangloriar-se deles?

Ao sair hoje para o cumprimento de suas responsabilidades, ou ficar em casa, pense que: “Os céus são os céus do Senhor, mas a Terra, deu-a Ele aos filhos dos homens.”

Estender a mão

Não te furtes a fazer o bem a quem de direito,
estando na tua mão o poder de fazê-lo. Prov. 3:27.

A teoria da sabedoria é o conhecimento, e a prática acertada do conhecimento é sabedoria. Isto quer dizer que o ser humano que deseja viver sabiamente precisa “entender” que fazer o bem é parte do seu próprio bem-estar? Não! Precisa mais. Entender não é estender a mão. Entender é teoria. Estender é a prática. A sabedoria junta ambas de uma maneira admirável.

Todos os dias, em qualquer esquina, está em nossa mão fazer o bem. Oportunidades não faltam. Não é preciso procurá-las. Estão em nosso caminho, com a mão estendida. Não são apenas esmoleiros ou crianças de rua. São corações feridos, vidas destruídas, gente desesperada, esperando uma palavra de conforto, um sorriso ou apenas um leve toque no ombro. Gente faminta de amor.

Outro dia, enquanto esperava o elevador, vi a arrumadeira de um hotel ser agredida por sua chefe. Retornei à tarde e encontrei-me com a moça agredida no corredor. Estava triste. Pensei várias vezes antes de falar. Tinha pressa. Devia tomar banho e trocar de roupa rapidamente porque estavam me aguardando na recepção. Estava na minha mão fazer o bem e o fiz. Olhando nos seus olhos, disse: “Você vale mais do que imagina e do que os outros acham. Não permita que palavras ditas num momento de ira tirem a paz do seu coração. Amanhã será um novo dia.”

À noite, quando retornei ao meu quarto, achei uma nota que tinha sido colocada debaixo da porta. “Obrigada, não sabe o quanto as suas palavras me ajudaram.”

Foi animador para ela e gratificante para mim. “Estender a mão” não me levou mais do que um minuto. O sentimento de bem-estar que se apoderou do meu coração deu-me uma noite maravilhosa de descanso.

Olhe em sua volta hoje. Dê um sorriso. Encoraje, anime, ofereça mais do que uma simples moeda, dê um pedaço do seu coração. Custa pouco e faz muito bem.

Se você está vivendo hoje um momento difícil, não tome isso como argumento para não estender a mão. Sempre existe alguém mais necessitado do que você. É uma lei da vida, portanto: “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo.”

Poder e fidelidade

Ó Senhor, Deus dos exércitos, quem é poderoso como Tu és,
Senhor, com a Tua fidelidade ao redor de Ti?! Sal. 89:8.

Para que serve o poder? Qual é o motivo que leva as pessoas a procurarem o poder? Por que existem pessoas que chegam até o assassinato para conseguir o poder? Que fascínio tem?

No salmo de hoje, o salmista destaca dois aspectos do caráter de Deus: o Seu poder e a Sua fidelidade. A fidelidade de Deus é mencionada sete vezes ao longo deste salmo de cinqüenta e dois versos. Fidelidade é uma das características do caráter de Deus.

Fidelidade, em hebraico emunah, tem que ver com o cumprimento fiel das promessas divinas. Alguns eruditos traduzem emunah como “verdade”. Em Deus não há mentira. Ele é fiel e verdadeiro. Você pode confiar. O que Deus disse se cumprirá. Sempre. Ontem, hoje e amanhã.

Para que serve o poder? Em Deus, o poder serve para cumprir as Suas promessas. Apesar de tudo e a despeito de tudo. No verso dois, o salmista afirma: “A Tua fidelidade, Tu a confirmarás nos céus.” De que forma? Observe a noite escura. Há trevas por todos os lados, há frio, há morte. Trevas são símbolo de ausência de vida, de perigo, de ameaça. Por isso, a maioria das criaturas se recolhe à noite, esperando que o sol do novo dia traga vida.

Observe mais uma vez o céu. O salmista diz que Deus confirmará Sua fidelidade no céu. Então observe o céu. Quando a dor bate à porta do seu coração, quando as trevas das dificuldades parecem envolvê-lo completamente, quando experimenta angústia e medo, observe o céu. Em meio à escuridão da noite continue observando.

De repente, lá ao longe, onde o céu parece juntar-se com a terra, rompe o dia, nasce o sol e as trevas se desgarram. Existe um momento de luta. Dá a impressão de que as trevas não querem partir em retirada mas é inútil, o astro reaparece no seu esplendor, anunciando vitorioso que é hora de acordar, de levantar-se e tornar a viver.

Por isso, hoje, enxugue essa lágrima de dor e observe o céu. Nele está escrita a fidelidade das promessas divinas. Não saia de casa sem dizer: “Ó Senhor, Deus dos exércitos, quem é poderoso, como Tu és, Senhor, com a Tua fidelidade ao redor de Ti?”

O princípio da sabedoria

O temor do Senhor é o princípio do saber. Prov. 1:7.

Duas mulheres trouxeram uma criança diante do rei. Ambas alegavam que o filho era seu. Salomão precisava dar o veredicto. À simples vista, ambas tinham razão. Uma decisão errada seria fatal. O que fez Salomão? Mandou partir o menino ao meio e dar a metade para cada uma. Nesse instante, uma das mulheres disse: “Por favor, não. Prefiro meu filho vivo, embora tenha que renunciar a ele.” Imediatamente o rei ordenou que entregassem o filho àquela mulher. Só a verdadeira mãe seria capaz de uma atitude semelhante.

Como é que o rei conseguiu tomar decisão tão acertada? Salomão foi considerado o homem mais sábio do mundo. Sua fama ultrapassava os limites de seu reino. Reis e rainhas de outras nações vinham para conhecê-lo e saber qual era o segredo de sua sabedoria. No texto de hoje, Salomão apresenta a chave do seu êxito: “O temor do Senhor é o princípio do saber!” Que tipo de temor? O temor doentio que levou Adão e Eva a esconder-se da presença de Deus? Não. Na Bíblia, a expressão “temor de Deus” significa “reconhecer a Deus”, “aceitá-Lo” “tê-Lo em conta”, “saber que Ele está aí”, “reverenciá-Lo”.

A primeira atitude de uma pessoa sábia é reconhecer seus limites de criatura diante do Criador. A palavra sabedoria é usada mais de 300 vezes no Antigo Testamento, e em todas elas encontra-se a idéia de reconhecer a Deus como Ser supremo e aceitar os conselhos divinos para tomar decisões.

Você já percebeu que a vida depende de decisões? Desde que amanhece até quando anoitece, é uma decisão atrás da outra. Algumas são comuns e você pode dar-se ao luxo até de errar, como quando decide sobre a cor da roupa, ou o meio de transporte. Outras, são transcendentais. Se falhar, as conseqüências podem ser terríveis. Como é importante, em momentos como esses, saber escolher e decidir, sem duvidar nem protelar.

Este ano você precisa tomar decisões transcendentais? Não sabe como? Vá a Deus. Ele é o princípio da sabedoria. Quando você olha a vida, os problemas e as dificuldades pelo prisma divino, tudo tem sentido – até as coisas aparentemente incompreensíveis. Quando você observa a vida através das lentes do temor de Deus, os objetos sem forma se definem. A penumbra desaparece, a incerteza foge do coração e você é capaz de decidir acertadamente porque: “O temor do Senhor é o princípio do saber”.

Imploro a Tua graça

Imploro de todo o coração a Tua graça;
compadece-Te de mim, segundo a Tua palavra. Sal. 119:58.

infarto foi quase fatal. No dia 25 de fevereiro de 1990, o coração de Terry Shiavo parou apenas por um instante, o suficiente para que o sangue deixasse de irrigar o cérebro. A conseqüência foi um terrível dano cerebral. Na época, Terry tinha apenas 26 anos. No dia em que escrevi esta meditação ela faleceu, após quinze anos de sobrevivência em estado vegetativo. Seu caso deu volta ao mundo por causa de uma guerra judicial entre o esposo e os pais de Terry.

Um instante. Foi apenas um instante que o sangue deixou de irrigar o cérebro. Quando a oxigenação do cérebro retornou, já era tarde. A partir daquele instante, a vida de Terry carregou conseqüências funestas. Era uma vida “sem vida” e que deu origem à polêmica sobre se valia ou não a pena deixar um ser humano viver nesse estado.

Como o cérebro precisa de oxigênio, o ser humano precisa de Jesus. Por isso, o salmista exclama: “Imploro de todo coração a Tua graça.” Vivemos pela graça. Existimos pela graça e somos salvos unicamente pela graça.

Se a vida é um dom, nada fizemos para merecê-la. Um dom é um presente. Você não paga. Precisa apenas aceitá-lo.

Como você age diante de um presente? Geralmente, o valor que ele tem para você vai depender do sentimento que tem pela pessoa que lhe oferece o presente. Qual é o tipo de relacionamento que você tem com Deus? É isso que vai determinar sua forma de administrar o presente.

A única coisa que sustenta a vida é a graça maravilhosa de Deus. Separados de Deus já não vivemos, apenas sobrevivemos, às vezes em estado “vegetativo”, esperando que chegue o dia em que o coração pare de bater.

Torne hoje um dia de comunhão com o Senhor da vida. Você não precisa deixar de lado suas atividades rotineiras. Mas encare os desafios que se apresentam diante de você, com a certeza de que não está só. Deus é sua constante força. Ele está ao seu lado, mesmo que as circunstâncias adversas tenham envolvido você como densas sombras e não lhe permitam enxergar nada. Clame: “Imploro de todo o coração a Tua graça; compadece-Te de mim, segundo a Tua palavra.”

Falta algo?

Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel. Para aprender
a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência. Prov. 1:1 e 2.

Rosana era uma famosa cardiologista. Deixou tudo para entrar num convento. Estava à procura de um sentido para a vida. Roberto largou uma brilhante carreira de advogado para viajar pelo mundo, argumentando que queria viver a vida na sua plenitude “antes que fosse tarde demais”. Marilyn cometeu suicídio estando no topo de uma brilhante carreira de atriz. A vida desses três personagens tem um denominador comum: o aparente êxito numa determinada área da vida não lhes garantiu a felicidade.

Estranho. Muito estranho. Porque todos relacionam êxito com felicidade. Mais estranho ainda, quando sabemos que Deus quer que os seres humanos sejam bem-sucedidos. E se o sucesso não traz felicidade, algo está errado com o sucesso, ou com Deus, ou conosco.

O livro de Provérbios ensina que sabedoria é a arte de viver, de vencer e de alcançar sucesso sem sentir-se vazio. Sabedoria é passar pela vida tendo acontecido, chegar à velhice e contemplar os filhos realizados, olhar para cima com gratidão, e encarar a morte com a esperança da ressurreição em Cristo.

Se Deus quer que Seus filhos vivam esse tipo de experiência, poderia Ele tê-los deixado às cegas, para tentar achar o caminho da felicidade em meio às suas frustrações? Claro que não. Com certeza, os princípios para viver uma vida plena, abundante e feliz, estão à disposição do ser humano na Bíblia e especialmente no livro de Provérbios.

Nos primeiros quatro versículos do livro, encontramos 10 palavras que parecem sinônimos, mas que não são. Estão relacionadas entre si. Uma leva à outra. Essas palavras são: sabedoria, ensino, entendimento, aprendizagem, inteligência, justiça, juízo, eqüidade, prudência e conhecimento. As nove últimas são filhas da primeira, que é a sabedoria, e sabedoria é saber viver a experiência da felicidade. Não é isso que você deseja para si e para sua família?

Por isso, antes de sair de casa hoje, pense que no livro de Provérbios você achará conselhos maravilhosos que Deus deu através de “Salomão... para aprender a sabedoria e o ensino, para entender as palavras de inteligência.”

Em vão

Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam;
se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Sal. 127:1.

ou o rei do mundo, sou o maior”, gritava o jovem boxeador no dia 25 de fevereiro de 1964, diante das câmeras de TV, desde o quadrilátero do Miami Beach Convention Hall. Mohamed Ali acabava de proclamar-se campeão dos pesos pesados, com apenas 22 anos. “O mundo inteiro está aos meus pés, escrevam isso”, disse para os jornalistas.

E era verdade. Naquele ano, o mundo inteiro estava aos seus pés. Em 1996, o mundo inteiro o viu enfraquecido, por ocasião das Olimpíadas de Atlanta. Mal conseguia acender a tocha olímpica. Evidentemente, não era mais o “rei do mundo”, nem o “melhor”. Estava envelhecido e deteriorado pelo Mal de Parkinson .

É isso o que o salmista diz, quando afirma: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” Você está diante de um novo ano. Não se atreva a entrar nele sem a certeza de que Jesus está no controle dos seus empreendimentos. Seu trabalho, esforço e dedicação só terão sentido se “o Senhor construir a casa”.

Aceite o desafio de um novo ano. Pense grande. Olhe longe. Trabalhe, mas pergunte-se: Quem está no centro dos seus planos? Isto é vital. Outro dia, um milionário excêntrico reuniu seus amigos para passar o réveillon no seu iate de 10 milhões de dólares e gastou a bagatela de um milhão de dólares na festa. Naquela noite, os fogos de artifício iluminaram a escuridão no mar do Caribe, e todos levantaram as taças de champanhe, desejando “saúde, dinheiro e amor”, mas dezembro não chegou. Pelo menos para ele, não. Um enfarte fulminante ceifou sua vida em junho daquele mesmo ano.

A vida humana é frágil como a flor. Hoje é, amanhã não é mais. Murcha-se como a erva do campo. Desaparece como a nuvem levada pelo vento. Portanto, coloque Deus no fundamento dos seus projetos porque, sem Ele, “inútil vos será levantar de madrugada e repousar tarde”. Sal. 127:2.

Trabalhe em sociedade com Deus. O homem do campo ara a terra e planta a semente. Mas se Deus não fizer sair o sol e cair a chuva de que serve todo o trabalho? Assim acontece em outras áreas da vida. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.”

Mais preciosa do que pérolas

Mais preciosa é do que pérolas,
e tudo o que podes desejar não é comparável a ela. Prov. 3:15.

Imagine a cena. Certa manhã, enquanto você se dirige ao trabalho, vê na estrada uma anciã pedindo carona. Pelas roupas que veste, a mulher é pobre, e pelo aspecto do rosto está passando mal. Você tem pressa. No entanto, seu coração fala mais alto e você pára. Ela pede para deixá-la no hospital mais próximo. Você percebe que ela está muito mal e acelera fundo. Durante a curta viagem, inadvertidamente, ela coloca um papel no seu bolso. Ao chegar no hospital, a anciã morre.

Aquela noite, em casa, você encontra o papel. A nota diz: “Sou uma mulher solitária. O único filho que tive, abandonou-me há muitos anos. O que ele ignora é que eu recebi uma herança. Tenho um milhão de dólares guardados no cofre do banco tal. O segredo do cofre é P X 402. Se você me prestou socorro, o dinheiro é seu.”

O que você faria? Jogaria o papel fora? Pensaria que aquela mulher seria incapaz de ter um milhão de dólares? Ou correria ao banco para ver se é verdade?

Um milhão de dólares é muito dinheiro. Ninguém seria louco a ponto de fazer pouco caso de uma fortuna dessas. Mas o provérbio de hoje afirma que existe algo muito mais precioso do que um milhão de dólares. O verso diz: “Mais preciosa é do que pérolas e tudo que podes desejar, não é comparável a ela.” Salomão está falando aqui da sabedoria. Sabe por que existem pessoas frustradas, fracassadas e infelizes? Porque não sabem viver. Podem ter dinheiro, fama, poder e cultura, mas não sabem viver. Existir não é viver. Viver é uma arte que requer sabedoria.

Sabedoria, no entender de Salomão, não é só conhecimento. É a habilidade de usar o conhecimento. Uma pessoa pode possuir títulos doutorais, mas não sabedoria. A sabedoria bíblica não é teórica, é prática. Inclusive, uma das primeiras vezes em que a palavra sabedoria é usada na Bíblia é com relação à habilidade que os artesãos tinham para elaborar as roupas do sacerdote. As roupas tinham que ser impecáveis, perfeitas em seus mínimos detalhes. Se você for sábio, fará da vida uma obra de arte, perfeita em todos os seus detalhes. E será feliz.

Por isso, no início deste ano, peça a Deus sabedoria e lembre-se de que ela “mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela.”

Grande é o Senhor

Grande é o Senhor nosso e mui poderoso;
o Seu entendimento não se pode medir. Sal. 147:5.

As noites em Jauja, minha cidade natal, eram tristes. Quando criança, não queria que a noite chegasse. Os latidos dos cachorros pareciam lamentos de criaturas em agonia, e despertaram os meus primeiros temores. Quando chovia e os trovões ribombavam ruidosamente, eu imaginava monstros feridos pelas flechas incendiárias dos relâmpagos.

Demorava para dormir. Quando acordava, via o sol brilhando, deslumbrante, aquecendo a terra com cheiro de eucalipto molhado.

Sinto saudades daqueles dias, apesar de suas tristes noites. Saudades daquela terra que me viu dar os primeiros passos para esta longa caminhada, que já dura décadas. “Grande é o Senhor” que, cedo na vida, ensinou-me com as noites e os dias da minha terra que não existe escuridão que dure para sempre.

Hoje nasce o sol de um novo ano. Esqueça a noite do ano que findou. Se as coisas deram certo, ou não, dezembro já se foi. Latidos assustadores de cachorros, escuridão, tempestade e trovões, tudo faz parte do passado. Há cheiro de eucalipto lá fora. O sol brilha, a vida desabrocha. Janeiro sempre traz uma página em branco para escrever uma nova história.

“Grande é o Senhor nosso e mui poderoso”, disse o salmista, diante das turbulências da vida. Perseguido sem culpa por um rei que não queria soltar o poder. Atacado pelo próprio filho que ambicionava o trono. Escondido nas cavernas, peregrinando no deserto e enfrentando perigos, nunca desconfiou do poder de “seu” Deus.

Você está seguro de que o Deus de Davi é também o seu Deus? Pode dizer como o salmista: “nosso Deus”? Se for assim, olhe para o novo ano como uma nova oportunidade. Não tema. Não recue. Seu Deus “mui poderoso” abrirá neste ano os mares vermelhos que surgirem à sua frente, tirará água da rocha, e fechará a boca dos leões.

Abrace os seus amados. Perdoe. Peça perdão. Mude o rumo de sua própria história, depositando sua confiança em alguém que não pode errar, porque “grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o Seu entendimento não se pode medir”.

Julgamento e compaixão

Pois o Senhor julga ao Seu povo e Se compadece dos Seus servos. Sal. 135:14.

Eu só quero justiça”, reclamava o homem acusado. “Não existem provas contra mim, exijo justiça.”

Provas, não havia. Quase nunca há. Especialmente quando se pode pagar um bom advogado. Por isso, culpados são declarados inocentes em muitos julgamentos e saem livres da condenação humana – não da divina.

O salmista expressa hoje que é o Senhor quem julga. Diante dEle não há argumento que valha, não existe o “gozo do direito”, nem a liminar da última hora. Ele tudo vê, sabe tudo. Não julga evidências, não precisa de provas. Ele conhece as intenções mais ocultas, julga o coração e seus motivos ocultos.

O extraordinário no verso de hoje não é o fato de que é Deus é o Juiz, mas que Ele “Se compadece” de nós. Ah, se fôssemos apenas julgados... O destino eterno seria a morte. Estaríamos todos condenados. Porquanto “todos pecaram” e porque “não há um justo” sequer. Mas a compaixão de Jesus tornou possível a salvação. A compaixão foi Sua misericórdia levada às últimas conseqüências. Entregou Sua própria vida para ocupar o lugar do homem e sofrer a morte que a criatura rebelde merecia. Jamais teremos palavras para agradecer semelhante oferenda de amor.

O Salmo 135 é um mosaico. O salmista recolheu expressões citadas em outros salmos e outras fontes bíblicas. MacLaren, um erudito, disse que “este salmo é como flores arrumadas num novo buquê, porque o poeta se deleitou muito com a fragrância delas”. Repetir a história de amor escrita com sangue nunca será suficiente.

Este salmo é o resumo do evangelho. Estamos todos perdidos. Deus nos julga, mas antes Ele providencia a solução: Jesus morre por nós. Agora é só aceitar e reconhecer que nada somos, nada temos e que Jesus é a única esperança.

O pecado não precisa ser explicado. Apenas ser reconhecido, confessado e perdoado. Essa é a receita para uma consciência em paz e para uma noite de sono tranqüilo.

Não tema o futuro: “O Senhor julga ao Seu povo e Se compadece dos Seus servos.”

A receita da boa imagem

O coração alegre aformoseia o rosto,
mas com a tristeza do coração o espírito se abate. Prov. 15:13.

Uma famosa estrela de televisão latino-americana gastou a extraordinária soma de 120 mil dólares para realizar várias cirurgias, com o fim de rejuvenescer. Implantes, lipoaspiração e cirurgias em várias partes do corpo.

Três anos depois, os noticiários anunciaram a tentativa de suicídio. Drogada, alcoolizada e envelhecida, ninguém que a visse poderia acreditar que havia pouco tempo gastara uma fortuna para “aformosear o rosto”.

Salomão fala hoje da alegria como a melhor receita para a beleza exterior. Um coração alegre, basicamente é um coração agradecido e confiante. A confiança gera o otimismo. As circunstâncias podem ser as mais absurdas. Do ponto de vista humano, pode dar a impressão de que tudo está de cabeça para baixo. A dor, a tristeza e as adversidades podem ter cercado você implacavelmente e, mesmo assim, você confia e é grato porque sabe que a sua vida está nas mãos de Deus.

O ressentimento, a mágoa, o rancor, a inveja são fontes de água envenenada. Quando você permite que elas se acumulem no seu coração, as conseqüências são visíveis e refletem-se no rosto.

Se isso é verdade na vida da pessoa, também é realidade na família, na empresa ou na instituição. Quando as pessoas estão alegres e felizes, quando o líder – seja ele o pai ou o gerente – consegue levar alegria e confiança aos seus liderados, o resultado é visto na imagem da instituição ou da família. O rosto é formoso porque o coração está contente.

Qual é a imagem que a sua família, sua empresa ou sua igreja projeta? É você um líder? Você não acha que talvez seja preciso sair do escritório, deixar de lado a burocracia, para chegar mais perto do ser humano, do filho, da esposa, do trabalhador ou do companheiro?

Se você é um homem de negócios, pense que, quanto mais felizes estiverem seus empregados, melhor atenderão aos clientes. E quanto mais satisfeitos estiverem os clientes, maior será o sucesso do seu negócio.

Revise os seus valores e atitudes hoje, antes de enfrentar mais um dia de trabalho, e lembre-se de que: “O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate.”

Não se canse de semear

Quem sai andando e chorando, enquanto semeia,
voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. Sal. 126:6.

Semear é um ato de entrega e de fé. Você entrega a semente. Coloca-a no seio da terra, na esperança de que um dia colherá os frutos. No início, não vê nada. Se abrir a terra, observará o grão quase morto, aparentemente apodrecido. Como imaginar que dali pode brotar a vida?

Semear é um ato de entrega porque você renuncia a uma semente boa, seleciona o melhor grão, desprende-se dele, não o guarda para si, investe. Semear é um ato que envolve dor e lágrimas, trabalho e ação. É preciso andar – afirma o salmista – e chorar.

A alegria e o júbilo vêm depois com os frutos. É possível até que você nunca os veja, mas alguém os desfrutará.

O sonho do meu pai era dar a volta ao mundo, viajar, conhecer outros países, pessoas e culturas. Quando eu era pequeno, o vi estudando inglês, porque segundo ele “quem fala inglês, fala todas as línguas do mundo, porque o inglês é universal”.

Meu pai morreu sem nunca ter saído do seu país. Foi-se consumindo como uma vela, lentamente, semeando seus sonhos no coração dos filhos.

Semeou. Plantou. Ensinou os filhos a olhar para o alto e sonhar. Hoje descansa em Cristo. Não sabe mais o que acontece debaixo do sol. Mas, se pudesse ver, com certeza se alegraria observando um dos seus filhos de país em país, de cultura em cultura, no cumprimento de sua missão. Com certeza, “seus feixes” são abundantes.

Não tenha medo de semear. Não se poupe. Gaste-se. Consuma-se. Cumpra sua missão. É possível que ninguém o compreenda. Quem sabe o seu retorno imediato seja apenas canseira, suor e lágrimas. Mas continue semeando.

Olhe para o coração de seus amados e plante esperança e confiança em Deus. Ensine valores e princípios de vida, embora às vezes tenha a impressão de estar nadando contra a corrente.

Haverá ventos contrários. Surgirão tormentas. Você achará terreno duro, espinhoso e pedregoso. Muitas vezes, sentirá que está semeando em vão. Mas continue, porque semear dá sentido à vida, e uma vida sem sentido é uma vida sem alegria. Lembre-se: “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.”

Salvação pela instrução

Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida. Prov. 4:13.

Aquele dia podia ter sido o último de minha vida. Pela graça divina, havia uma árvore que crescia no barranco do rio e segurei-me num galho. Foi uma luta desesperada. Estava cansado, quase sem forças, mas sabia que se soltasse o galho a correnteza me levaria em direção da morte.

Deus usou um grupo de jovens índios para me salvar. Deus sempre está pronto a auxiliar o filho que não tem mais forças. Nunca se esqueça disso.

Ao escrever a meditação de hoje, lembrei-me desse incidente por uma razão. No hebraico, a palavra hachazel significa literalmente “segurar com força”.

O texto afirma que a vida é um constante enfrentar perigos, e que a árvore salvadora é a instrução divina. “Retém a instrução e não a largues”, é o conselho do sábio. Embora você sinta que não tem forças, apesar de achar que não funciona, mesmo quando todo mundo o considerar ingênuo por acreditar num livro tão antigo, retenha a instrução e não a largue, porque disso depende a sua vida.

Não é fácil acreditar nos conselhos bíblicos quando se vive num mundo racionalista como o nosso. As pessoas buscam desesperadamente uma filosofia de vida que apóie a liberdade dos instintos. Mas estes não são confiáveis. Precisam ser direcionados, e o instrumento que Deus tem para isso é chamado de instrução.

A instrução divina não está limitada pelo tempo nem pela cultura. Os princípios da honestidade, fidelidade, verdade, respeito pela vida e outros, são eternos e imutáveis. Mas como respeitar esses princípios num mundo em que honestidade é sinônimo de tolice, e fidelidade é confundida com ingenuidade? Como defender a verdade numa sociedade governada pela mentira e onde tudo é relativo?

Salomão apresenta esses princípios como a árvore salvadora na encosta do rio. Você precisa se agarrar a ela com todas as suas forças, se não quiser ser arrastado pela correnteza de uma vida sem substância.

Atreva-se a ser diferente. Defenda os seus valores. E hoje, antes de iniciar as suas atividades, repita várias vezes o conselho bíblico: “Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.”

Entesoure a palavra de Deus

De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?
Observando-o segundo a Tua palavra. Sal. 119:9.

Mohammed Sidique Khan explodiu uma bomba no metrô que atravessava a estação Edgware Road, na Inglaterra, no fatídico 7 de julho de 2005. Eu estava em Saint Louis, Missouri, quando soube do terrível atentado que matou seis pessoas.

Os trabalhos de investigação descobriram que Kahn era professor de crianças com problemas de aprendizagem e tinha uma filhinha de um ano. Seus amigos disseram que, quando criança e adolescente, Khan era doce e bom. Mas passou a se juntar a pessoas radicais e, aos poucos, tornou-se frio, duro e calculista.

A despeito do que uma pessoa crê, menciono esse jovem como um exemplo do que a repetição constante de uma linha de conduta pode fazer. Evidentemente, Khan escolhera o caminho da violência, que não tem justificativa de nenhum ponto de vista.

O salmista menciona hoje “o caminho”. Aparentemente, esse é um caminho sujo, por isso precisa ser limpado. A palavra hebraica que se usa para “guardar” quer dizer literalmente: “limpar”, purificar, consertar.

O caminho, em hebraico orach, se usa geralmente para descrever a rota por onde transitam as charretes quando a terra está úmida e se endurece quando o Sol esquenta. Tudo indica que as charretes que virão depois transitarão na mesma rota.

O salmista fala de alguém que, por repetidas ocasiões, seguiu o caminho do mal e cujo coração ficou endurecido para o bem.

Existe remédio para essa pessoa? Sim! O remédio é a Palavra de Deus. Alguém que descobre os conselhos divinos e começa a praticá-los, com certeza, em pouco tempo vai descobrir que diante dele se abre outra rota que o conduzirá ao terreno do serviço e do bem.

Entesourar a Palavra de Deus no coração levará você a viver um estilo de vida cheio de significado. Ignorá-la, ao contrário, pode ser fatal.

Faça de hoje um dia de decisões acertadas e de vitórias. Não corra atrás de suas próprias idéias. Assessore-se por Aquele que nunca falha. E se você sentir que escolheu a rota errada, não se desespere. Diga junto com o salmista: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua palavra.”

Não te esqueças

Adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não te esqueças
das palavras da Minha boca, nem delas te apartes. Prov. 4:5.

Quanto tempo você precisa estudar para adquirir um título profissional? Quanto dinheiro você tem que poupar para adquirir um apartamento? Quantos dias Tiger Woods teve que treinar para adquirir o título de melhor jogador de golfe do mundo?

Salomão afirma repetidas vezes que a sabedoria é mais preciosa do que qualquer título profissional, dinheiro ou fama. Se isto é verdade, qual é o preço da sabedoria? Nada. É gratuita para os que buscam os conselhos divinos.

O verso de hoje nos aconselha a adquirir duas coisas: sabedoria e entendimento. A sabedoria nos ensina a administrar a vida com equilíbrio e coerência. O entendimento nos capacita a determinar os métodos para melhor administrar a vida. Ele nos ajuda a identificar o momento certo e as circunstâncias para usar o conselho divino apropriado para aquela circunstância.

O conselho de hoje é: “Não te esqueças” e “nem te apartes”. O esquecimento já provocou muitas tragédias. Esquecer de apagar o fogo ou de desligar o gás, esquecer um compromisso importante ou a chave dentro do carro pode criar muitos problemas. Mas todos eles podem ser resolvidos.

Esquecer-se das palavras de Deus, no entanto, cria problemas de conseqüências eternas. A sabedoria e o entendimento são instrumentos divinos para você não esquecer.

Outro procedimento que pode ter conseqüências trágicas é “afastar-se” ou “desviar-se”, como registram algumas traduções da Bíblia.

O que aconteceria se numa estrada à beira do abismo você se afastasse do caminho? Sabedoria não implica necessariamente ausência de erros. Eles podem inclusive ser proveitosos para a pessoa sábia. A sabedoria não se mede por um ou outro erro, mas pela maneira como você reage diante dos erros. Experiência, para um homem sábio, não é o que lhe acontece, seja bom ou mau, mas o que ele faz com o que lhe acontece. Nunca se queixe daquilo que você permite que lhe aconteça de novo.

Torne hoje um dia de escolhas e decisões sábias. Ande, viaje, compre e venda com sabedoria e entendimento. “Adquire a sabedoria, adquire o entendimento e não te esqueças das palavras da Minha boca, nem delas te apartes.”

Tu me acudiste

No dia em que eu clamei, Tu me acudiste
e alentaste a força de minha alma. Sal. 138:3.

O segurança que estava ao meu lado era alto, robusto e com cara de poucos amigos. Movia-se silencioso de um lugar para o outro, sempre discreto e atento.

– Você já aceitou a Jesus? – perguntei-lhe, quando ficamos a sós.

– Sim, senhor – respondeu, inclinando a cabeça, como se estivesse cumprindo um ritual japonês de boas-vindas.

Contou-me a história de sua conversão. Tinha sido membro da polícia por muitos anos. “Caçava bandidos”, foi a expressão que ele usou para descrever a maneira implacável e impiedosa como cumpria sua missão. Falou-me do ódio gratuito que sentia pelas pessoas que andavam na rua com a Bíblia na mão.

“Tinha a impressão de que eram todos hipócritas e falsos, porque entre os marginais encontrávamos muitos que se diziam crentes”, ele disse.

Certo dia, entrou numa fase terrível de depressão. No departamento médico da polícia diagnosticaram estresse. Recebeu licença para cuidar da saúde. “Não havia motivo nenhum, mas de repente passei a ter pesadelos terríveis, a ponto de não poder mais dormir. Passei a ter medo da noite. Logo eu, que nunca tive medo de nada.”

Foram dois anos nos quais literalmente ele desceu às profundezas do inferno. Chorava por qualquer motivo, perdeu o apetite, ficava dias inteiros escondido no quarto sem querer ver ninguém. Agressivo, solitário e, a essa altura, magro, desequilibrado e sem mais vontade de viver.

Foi naquelas circunstâncias que um dia deparou-se com a Bíblia. Sempre teve uma que tirou de um “bandido” porque, segundo ele, “aquele homem não era digno de possuir um livro tão sagrado, levando a vida que levava”.

Nas palavras inspiradas da Bíblia achou muitas promessas maravilhosas. Um dia, ajoelhado, agarrou-se a elas e clamou ao Senhor. E a libertação veio, como bálsamo suave. O sol brilhou de novo e ele começou a ver a beleza da vida nos seus pequenos detalhes.

Hoje é segurança particular. Lê a Bíblia todos os dias. Não quer mais ser policial porque dedica grande parte do seu tempo a falar do amor de Jesus.

Assim são as coisas com Deus. Para Ele, não há caso perdido. Por isso, hoje vale a pena dizer: “No dia em que clamei, Tu me acudiste e alentaste a força de minha alma.”

Mais e mais

Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora,
que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Prov. 4:18.

O crescimento é parte de uma vida sábia, mas envolve mudança. E não existe mudança sem dor. Talvez, por isso, muitas pessoas resistam a crescer. Preferem viver dentro do “estabelecido”, e sem perceber caem no terreno do acomodamento e da mediocridade.

Não é próprio de uma pessoa sábia achar que sabe tudo, que não tem mais o que aprender ou que seu ponto de vista sobre um determinado assunto é o único.

“A vereda dos justos”, diz Salomão, “é como a luz.” Nesse verso, o justo é o sábio. Viver com sabedoria é viver com transparência. O sábio nunca vive escondido na penumbra dos seus temores, tentando desesperadamente afirmar sua autoridade sob o manto do “radicalismo”, do “conservadorismo”, da “firmeza”, ou como você queira chamar o temor de mudar de ponto de vista.

A verdade do justo é um permanente avançar “como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.

É interessante a expressão “mais e mais”. Aqui, Salomão fala de um processo. Nenhum crescimento acontece de um dia para o outro. Nenhuma mudança é radical. A decisão de mudar pode ser imediata, mas o processo leva tempo. É constante, mas leva tempo. É sempre “mais e mais”.

A maioria dos problemas que enfrentamos nas diferentes áreas da vida é a falta de sabedoria que nos impede de crescer, evoluir e entender que, se o mundo está em constante movimento, nenhum ser humano pode permanecer no mesmo lugar para sempre.

As mudanças do crescimento do homem sábio não envolvem princípios. Princípios são eternos. Não matar, não roubar e não mentir são princípios de vida estabelecidos por Deus para a proteção da vida. Mudar esses princípios é cair no caos da existência, nas trevas de valores limitados à esfera humana.

Hoje é um novo dia na jornada desta vida. Em que área você precisa crescer? O que precisa mudar? Pense em quantas dores você poderia evitar se mudasse algumas atitudes. Nunca é tarde para reconhecer que existe um melhor caminho do que aquele que estamos seguindo, porque “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.

Nosso lar não é aqui

Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Sal. 137:1.

Um dia, os assírios dirigidos por Nabucodonosor chegaram a Jerusalém. Destruíram tudo e levaram prisioneiros os filhos de Israel.

Os anos do exílio foram tristes. Longe de casa, da família e dos amigos, os exilados só tinham duas opções: esquecer definitivamente Israel ou viver em Babilônia, com os olhos fixos em Sião, abrigando o sonho de retornar um dia para o lar.

Um dia, também, o inimigo de Deus chegou até a raça humana, destruiu seus sonhos, valores e princípios e a levou escrava ao seu reino, para servir no seu palácio.

A história de Israel é um símbolo da história humana. Como os israelitas, hoje estamos longe do verdadeiro lar. Este mundo cheio de tristeza e angústia – conseqüências naturais da entrada do pecado – não é a nossa casa. Somos estrangeiros e peregrinos vivendo num mundo ao qual Jesus Se referiu assim: “O Meu reino não é deste mundo.”

O salmista disse que enquanto os filhos de Israel viviam em Babilônia, com freqüência sentavam-se às margens dos rios e choravam de saudade, lembrando-se de Sião, o santo monte, símbolo do governo de Deus.

O perigo que corremos hoje é esquecer que este mundo não é o nosso lar definitivo. Estamos aqui apenas peregrinando, por força das circunstâncias, rumo à casa do Pai. Somos estrangeiros vivendo num país alheio.

O fato de vivermos neste mundo pode levar-nos a contemplar as coisas da Terra por mais tempo do que o necessário. Deitar raízes profundas é um risco. Lembrar quem somos e de onde viemos determina as nossas escolhas e prioridades.

É verdade que precisamos sobreviver. Trabalhar, estudar, construir uma casa para morar e educar os filhos é parte da nossa existência. Não podemos omitir-nos dessas responsabilidades. Mas até que ponto isso tudo está nos fazendo esquecer de Sião?

Cumpra as suas atividades hoje pensando na experiência de Israel, expressada pelo salmista: “Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.”

Farei vocês saberem

Atentai para a Minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para
vós outros o Meu Espírito e vos farei saber as Minhas palavras. Prov. 1:23.

Conheço uma pessoa que diariamente sai de casa esperando que o Espírito lhe diga para onde ir e o que fazer. Por que será que, toda vez que se fala sobre o Espírito de Deus, a tendência é cair no misticismo? Uns esperam manifestações emocionais intensas. Outros desejam entrar num mundo de levitação espiritual para sentir a “voz” do Espírito.

O provérbio de hoje relaciona a atuação do Espírito com três coisas: repreensão, conhecimento e a palavra de Deus. O conhecimento vem através da Palavra de Deus que repreende. A palavra conhecimento, no original hebraico, é yada, e envolve a mente, o coração e o corpo. Um conhecimento completo, teórico e experimental.

O texto de hoje afirma que o Espírito fala através do conhecimento que vem da Palavra de Deus. Esse conhecimento nem sempre apóia o que o ser humano “acha”, e freqüentemente é repreensão. Traz de volta ao caminho certo. Mostra, com firmeza, o caminho que conduzirá o homem à felicidade.

São raras as ocasiões em que o Espírito atua separado da Palavra. A pessoa que deseja ser guiada pelo Espírito, necessariamente tem que abrir a Palavra. É através dela que o Espírito fala ao coração e mostra o caminho da vitória.

De acordo com o primeiro capítulo do livro de Provérbios, as pessoas que não consideram a Deus no seu caminho, carecem de sabedoria. E, em conseqüência, sofrem constantemente. Não conhecem a Palavra de Deus. Tentam achar o caminho do êxito do seu jeito, como o cego com o bastão, querendo acertar a estrada, envolto em sombras e trevas.

Abra hoje seu coração a Deus. Peça sabedoria para viver feliz. Ao receber sabedoria do alto, você passará a ver as circunstâncias de uma perspectiva mais otimista, destemida e vitoriosa. Por isso, antes de iniciar as suas atividades hoje, ouça a voz de Deus dizendo: “Atentai para a Minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o Meu Espírito e vos farei saber as Minhas palavras.”

Se...

Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria
com o mel que escorre da rocha. Sal. 81:16.

O verso de hoje apresenta dois verbos no modo condicional: “sustentaria” e “saciaria”. Essas são promessas que expressam segurança e plenitude, mas requerem uma condição. A condição é: “Ouve, povo Meu, quero exortar-te. Ó Israel, se Me escutasses!” Verso 8. As exortações divinas não têm como propósito fazer da vida um fardo. O objetivo é sustentá-lo e saciá-lo.

Quem é louco para não seguir o caminho que lhe fará bem? E, no entanto, olhe a queixa divina: “O Meu povo não Me quis escutar a voz, e Israel não Me atendeu.” Verso 11.

Todos os dias precisamos decidir se ouviremos a voz de Deus ou seguiremos os próprios instintos. O Senhor aconselha seguir o caminho que levará à segurança e à plenitude. Mas não obriga. Deixa a liberdade de escolha com o ser humano.

A tragédia de Israel era que não dava importância aos conselhos divinos. Sofria constantemente por seguir os seus próprios caminhos. Insistia em andar segundo sua maneira de ver as coisas. Vez após vez, Deus o chamou para os Seus caminhos. E finalmente Deus disse: “Assim, deixei-o andar na teimosia de seu coração.”

A teimosia é um denominador comum na vida de toda pessoa fracassada. O dicionário define teimosia como a insistência em fazer algo que não dá certo.

Hoje, preciso analisar as minhas próprias atitudes. Até que ponto continuo repetindo atos que só trazem dor à minha vida ou à vida das pessoas que amo?

“Eu o sustentaria”. “Eu o saciaria”. Promessas maravilhosas que podem se tornar realidade na experiência do ser humano, se deixar de lado suas próprias opiniões e abrir os ouvidos para os conselhos divinos.

Torne hoje um dia de decisões sábias. Acredite nas maravilhas que Deus é capaz de fazer em você e por você. Por que continuar experimentando o vazio do coração se Ele promete saciá-lo? Por que ter medo do futuro se Jesus promete sustentá-lo? Enfrente os desafios da vida, lembrando-se da promessa de Deus para você: “Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha.”

O valor da repreensão

O insensato despreza a instrução de seu pai,
mas o que atende à repreensão consegue a prudência. Prov. 15:5.

O expediente havia chegado ao fim naquela tarde e Frederick esperava impaciente o elevador. Não sabia se iria direto para casa ou andaria sem rumo como nas outras tardes. Aos 55 anos de idade, sentia-se fracassado. Não fora esse o tipo de vida com que tinha sonhado. Era um homem público; porém, não eram públicas a dor e a frustração que constantemente subiam à sua mente e explodiam em seu coração.

Naquelas intermináveis tardes, vagueando sem rumo, sentado em alguma praça, parado em qualquer esquina ou vendo a noite chegar em algum bar, Frederick sempre chegava à conclusão de que a causa de seu fracasso era o seu temperamento. Nunca ouviu ninguém. Rejeitou o conselho de seus pais. Discutiu com seus professores. Seus amigos eram amigos desde que não interferissem em suas opiniões. De repente, aos 55 anos descobriu que a pior tolice de sua vida fora “desprezar a instrução” e não atender à repreensão.

Por que sou assim?, perguntava-se angustiado. O que ele não sabia é que todos os seres humanos nascem assim. Não é próprio da nossa natureza ouvir conselhos, aceitar instruções ou assimilar a repreensão. O homem natural prefere “quebrar a cara sozinho”. Já de criança larga a mão do pai e corre como um cabritinho até bater no canto da mesa e cair no chão. Então chora a lágrima que, ao longo da vida, chorará em silêncio para esconder os cacos dispersos de seus sonhos destruídos.

Frederick era ateu. Achava que Deus estava morto. Herdara sua maneira de pensar de Nietzsche, que lera quando jovem, ao descobrir que o seu pai lhe colocara o nome de Frederick em homenagem ao filósofo alemão.

Numa tarde do mês de outubro, achou um folheto com um título que chamou sua atenção: “Deus está morto?” Foi assim que despertou o seu interesse para estudar a Bíblia. Surpreendeu-se porque se confrontou com verdades que não conhecia. Naqueles conceitos bíblicos estava o segredo do sucesso. Descobriu que “o insensato despreza a instrução”, e com humildade aplicou as instruções bíblicas na sua vida.

Quando conheci Frederick, já era um homem vitorioso. “Minha vida tem sentido”, ele me disse. “Agora sou feliz.” Ao sair hoje para a luta da vida, lembre-se: “O insensato despreza a instrução, mas o que atende à repreensão consegue prudência.”

Atributos de Deus

Para onde me ausentarei do Teu Espírito?
Para onde fugirei da Tua face? Sal. 139:7.

John Arrowsmith, pregador do século XVII, conta numa de suas exposições que um filósofo ateu lhe perguntou: “Onde está Deus?” Ele respondeu: “Primeiro me responda: Onde não está?”

O salmo do qual extraí o verso de hoje tem como tema central o relacionamento entre Deus e a criatura, e destaca os três atributos divinos: onisciência, onipresença e onipotência. É fundamental para o ser humano reconhecer esses atributos para desfrutar uma vida sadia. Se eu tenho a certeza de que Deus sabe tudo, não há razão para esconder segredos que muitas vezes sufocam e envenenam meu coração. Por que não buscar o maior psicanalista, Jesus, que, além de ouvir, tem a capacidade de perdoar e entregar uma folha em branco para escrever uma nova história?

Se eu sei que Deus é todo-poderoso, Sua onipotência tirará o medo do meu coração. Por mais difíceis que sejam as circunstâncias, por mais impossíveis que pareçam as soluções para o drama que vivo, sei que Deus Se levantará em meu favor e me tirará do mar de problemas em que estou submerso.

Finalmente, se tenho consciência de Sua onipresença, me perguntarei como o salmista: “Para onde me ausentarei? Para onde fugirei?” Isto me livrará de cair no terreno espinhoso de uma vida incoerente. O resultado será paz e equilíbrio psicológico.

Não existe nada mais destrutivo do que a penumbra que envolve a vida de quem pretende esconder-se de Deus. Não são trevas, porque nas trevas moram aqueles que extirparam a Deus de sua vida. Estes não enxergam mais nada e, em conseqüência, vivem como se estivessem anestesiados.

A penumbra é terrível porque você vive no limite do dia e da noite. Tomara que seus olhos não vissem nada, mas vêem. Silhuetas, sombras, figuras sem forma que o assustam e paralisam a vida. A penumbra é capaz de enlouquecer uma pessoa. Procure a luz.

Este é um novo dia para você e para mim. Permitamos que o Sol da Justiça entre definitivamente pelas janelas da vida, trazendo a oportunidade de recomeçar tudo, porque: “Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face?”